Ontem decidi que já era amanhã.
Não te convidei para um sitio que sabia que não gostavas, não te deixei sozinho enquanto me divertia com amigos, não me envergonhei de ti, nem te envergonhei á frente de ninguém, como já me fizeste a mim quando me levaste pelo braço, mas preferias não ter levado.
Ontem preferi eu levar o meu braço, o meu peito, as minhas coxas, o meu ventre, o meu corpo e o meu desejo comigo, não te menti para onde ia,
tu não me telefonaste a perguntar.
Eu fui...
Fui eu, um qualquer desejo a explicar, e outra pessoa, tu não estavas lá. O mundo é tão grande e a vida tão vasta para estares sempre lá, não era isso que em dizias, que não eras o super-homem e não podias estar sempre lá para mim?
Quando um dia um homem me trair e me explicar que se queria sentir diferente, ou mais igual, vivo, eu vou chorar e vou compreender.
Não há uma traição, há várias...vários tipos, a minha não é do tipo vingativo nem desportivo, nem destrutivo, quando eu lhe arranjar um tipo, talvez te o diga, talvez a pare também. Até hoje não a percebo ao ponto de a explicar, mas percebo o que me faz repetir.