Jurei que a Semente ia ser diferente.
Mas não a tenho regado com mais nada do que água salgada…o fado vai ser o mesmo, e, afinal, sempre esteve na minha mão. Não acredito que esteja escrito mas sim que somos nós que o escrevemos, e eu sempre a tive esta mania da poesia para tudo.
E como poeta que é poeta sofre, chora e se demora na dor, na saudade, na esperança e na ilusão eu continuo a tecer estrofes de nós, a acreditar numa métrica perfeita e impossível. Mas o que nós temos já não tem som, já quase nem é diálogo. Deixou de o ser antes que eu te acabasse de escrever a verdadeira carta de amor que sempre quis escrever. Agora já não quero nem consigo. O poeta não é tão fingidor como dizem.
E como o amor é cego mas não é mudo, não para mim que gosto de condensar o mundo num só grito quando estou com o coração cheio…
agora que nada se ouve…
vou esvaziar o que possa ter ficado de ti que eu queria tanto que ficasses na morada para onde um dia pensei enviar-te a tal carta.
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. ao fundo
. ...
. ...
. cor
. Sem pena
. respirar