Terça-feira, 8 de Abril de 2008
Não sei por que é que a descrição …está azul.
Quem já passou suspirou, sentiu, bebeu, pousou e pisou, noutros tempos, esta praia sabe que já foi preta, negro cru, letras libertas. Agora está canteiro, cor de terra molhada pela primavera de Abril, semeada numa saudade febril com raios amarelos do que antes foi e do que sou sempre. Assim pintada, cheira até mais a canela do que já cheirou alguma vez, com a especiaria apurada desta que é cada vez mais apaixonada pelo que vive. Pode ser que amanha seja laranja, ou quem sabe vermelho vivo. Esta primavera arrepiada em cada calor de cada dia abre-se a arco-íris todos os dias. Afinal a vida escreve-se a lápis…

De
edarf a 8 de Abril de 2008 às 23:55
"Afinal a vida escreve-se a lápis…" simplesmente delicioso o apontamento...gostei mesmo mesmo muito =)*
De
J.C. a 9 de Abril de 2008 às 02:59
a vida não se escreve a lápis ... nem permite rascunhos.
abraço
jmack
De
Sandro a 9 de Abril de 2008 às 17:07
Sim, a vida escreve-se a lápis... a lápis de cor.
E a vida vai tomando as mais variadas cores e os mais variados estados de espírito... mas o cheiro a canela é o mesmo, e é optimo senti-lo de novo. :)
Um beijo..
... na pele.
um beijo
... na pele.
um beijo
"Afinal a vida escreve-se a lápis..." A lápis de cor :) que o azul se torne em muitas outras cores .Bom ter a tua escrita de volta. Beijocas
De
Amita a 11 de Abril de 2008 às 16:53
Que boa surpresa foi reler-te, Ana, e sentir os delicados grãos de areia colorida soltarem-se pelos teus dedos, sobre o aroma a canela da vida.
Um bjinho e um lindo fds
De
diana a 12 de Abril de 2008 às 14:54
A vida nem sempre é tão má como a pintamos. Algures escondida há ainda cores por descobrir.
Cabe a nós fazer as nossas próprias tintas e colorir sempre a nossa vida, mesmo quando tudo nos leve para cores cinzentas.
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