-E o amor?
-Ingrato, o amor comigo tem sido ingrato, acho eu.
-Ainda não houve a oportunidade de amar, ser amada?
Fez-me lembrar uma frase que fixei num filme: “O amor é uma questão de oportunidade.De se ter a oportunidade certa. De nada vale conhecermos a pessoa certa se for antes ou depois da altura certa”.
Tem sido assim o amor, uma oportunidade perdida e várias (outras) tentativas falhadas.
Amei muito da pior maneira que se pode amar: incondicionalmente.
Depois enamorei-me em réplicas desse amor, nunca tão intensas nunca tão autênticas. Depois de o perder agarrei-me a ele como se nunca mais, nenhum outro fosse ou pudesse ser igual.
Não há dois faróis num cabo, tu eras o meu farol, elegi-te, construí-te, inventei-te, e nunca, nunca te derrubei, mesmo quando me destruíste.
Mas hoje já não existes.
Ainda procuro a luz, ainda te visito, às vezes.
Estás lá, podes estar lá, ao fundo, mas já não és...para mim o farol em que sempre acreditei.
Se calhar já são só ruínas, à tona.
Se ao menos ouvisses o vento e o mar...
Entendiamo-nos mais
Não precisava de me calar
E já não oiço o que preciso
... pêndulo do fio frágil que é o teu sorriso**
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. ao fundo
. ...
. ...
. cor
. Sem pena
. respirar